domingo, 27 de junho de 2010


Núcleo Experimental dos Satyros apresenta


R.E.M.

Inspirado na obra O Sonho, de August Strindberg, grupo dirigido por

Luiz Valcazaras

estreia temporada em 26 de junho no Espaço dos Satyros 2

Em um sonho, tudo pode acontecer. Tempo e espaço não existem. O texto O Sonho (1901), do sueco August Strindberg, escrito em 1901, foi um dos primeiros a trazer para o teatro o universo fragmentado e fantástico dos sonhos. A dramaturgia do autor baseia o espetáculo R.E.M (rapid eye movement), com o Núcleo Experimental dos Satyros, dirigido por Luiz Valcazaras. Na peça, a deusa hindu Agnes desce à Terra para conhecer os homens e a vida. Nessa tortuosa trajetória, ela vive como ser humano e se depara com figuras que transformam seus pensamentos e seu próprio caminho.

Não é a primeira vez que o diretor aborda os mistérios da mente humana em suas encenações. Em 2000, Valcazaras levou aos palcos Anjo Duro, sobre o universo imagético da psiquiatra Nise da Silveira. Interpretado por Berta Zemel, que recebeu o prêmio de melhor atriz pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), o espetáculo ficou três anos em cartaz e participou dos principais festivais de artes cênicas do país.

Assim como em O Sonho, R.E.M. expõe as dores e as incertezas do ser humano. Na virada do século XIX, Strindberg questiona o sentido da vida e utiliza suas próprias experiências, entre elas os conflitos amorosos, como base para a dramaturgia.

“Montar a peça O Sonho sempre foi um grande desafio para todo o artista. Encarei essa missão em parceria com os atores e fiz uma releitura para criar o espetáculo R.E.M”, conta Valcazaras, também fundador do N.I.Te. (Núcleo de Investigação Teatral), que pesquisa o ator como contador de imagens. Para ele, a contemporaneidade é um dos aspectos de destaque desta obra de Strindberg. “O texto traz uma grande reflexão sobre o modo de sentir dos seres humanos e ainda discute a alma dos artistas nos dias de hoje”, completa o diretor.

Ficha técnica

Direção: Luiz Valcazaras

Assistente de direção: Joana Pegorari

Elenco: Antonio Neves, Bia Meinberg, Clara Laurentiis, Carmen Minhoto, Fabiana Moutinho, Felipe Palmer, Julia Ornelas, Katia Calsavara, Lillian Sganzerla, Nathaly Matsuda, Raissa Capasso, Renata Bortoleto, Rogério Lucas, Théo de Paula e Thiago Spektror.

Dramaturgia: Luiz Valcazaras. Apoio de Dramaturgia (Deuses): Renata Bortoleto. Cenografia: Satyros II. Trilha Sonora: L.V. Iluminação: L.V. Programação visual: Ana Lucca

Onde: Espaço dos Satyros Dois – Praça Franklin Roosevelt, 134. Sábados e domingos, às 18h30. Quanto: R$ 10,00; R$ 5,00 (estudantes, classe artística e terceira idade); R$ 1,00 (Oficineiros dos Satyros e moradores da Praça Roosevelt). Lotação: 20 pessoas. Duração: 60 minutos. Classificação: 16 anos. Até 1/8.

August Strindberg (1849-1912): Figura emblemática do teatro escandinavo, ao lado de Henrik Ibsen e Hans Christian Andersen, o sueco escreveu peças como Camaradas (1886), Pai (1887), Senhorita Júlia (1888), A Sonata dos Espectros (1907), O Pelicano (1907), entre outras.

Luiz Valcazaras, nascido em Itapeva, interior de São Paulo, é diretor e autor teatral. Dirigiu, entre outras peças, Abre as Asas Sobre Nós (2006), Dança Lenta no Local do Crime (2005), Anjo Duro (2000) e Assovio (2007).

Informações para a imprensa:

Joana Pegorari: 11 9790-3324

joanapegorari@yahoo.com.br

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